sábado, 29 de março de 2008

Exemplo

O nome de Pedro Roma facilmente se confunde com o da Académica. E percebe-se porquê. É que o guarda-redes, ainda na pretérita semana, completou, frente ao Belenenses, 380 jogos ao serviço da Briosa. Um caso de verdadeira paixão por um clube e que rareia cada vez mais nos "futebóis". Este dígito, que deixa o capitão do emblema estudantil "extremamente orgulhoso", faz dele o terceiro futebolista da história da turma da cidade do Mondego em matéria de desafios realizados, apenas superado por Miguel Rocha (455) e Vasco Gervásio (430). Muitos poderão dizer que se trata apenas de números, mas outros terão poucas dúvidas em classificar Pedro Roma como o guardião da mística.

Quando, em 30 de Janeiro de 1991, se estreou pelos seniores da Académica - convém lembrar que também passou muito tempo nas camadas jovens -, numa partida em Alcains, relativa à Taça de Portugal (era a Briosa orientada, curiosamente, por Vasco Gervásio), o dono da camisola 24 estava longe de sonhar que, aos 37 anos, estaria a completar a 15.ª temporada pelos capas negras, depois de, pelo meio, ter representado outras equipas, entre as quais o Benfica.

"É uma história fantástica" confessa Pedro Roma, que sublinha o "prazer" que teve em todos os jogos que participou. Mas há alguns com um significado ainda mais especial. Além da já referida estreia, a subida de divisão em 1997 ou as permanências no escalão maior do futebol português estão bem guardadas no baú das recordações. De qualquer modo, o guarda-redes esclarece que não corre atrás de recordes. Antes, prefere-se dedicar de corpo e alma ao clube do seu coração, mas também aproveitar para "transmitir" alguns ensinamentos aos mais novos.

A vontade de terminar a carreira de futebolista está longe do fim, isto porque Roma já manifestou, a quem de direito, o desejo de continuar a defender as redes academistas. "Tenho vontade de continuar, mas vamos ver o que é que o futuro reserva. Há exemplos por esse mundo fora de longevidade, como é o caso, por exemplo, do Maldini, no Milan" explica o guardião, que acrescenta: "Quem olha para o BI como factor marcante, fá-lo de forma errada. O que conta é o rendimento e a eficácia."

in OJOGO

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