"O final foi de “nervos”. O jogo, esse, foi de emoções, com alguns momentos de bom futebol e com “disputa” até ao último segundo.
O Eirense entrou a vencer. Após um livre da esquerda, Beto rematou de cabeça e “abriu o jogo” com um golo. A equipa da Praia de Mira jogou em 4x2x1x3, o Eirense respondeu em 4x1 x2x3. A diferença estava unicamente na forma como as equipas desenharam o triângulo do meio-campo.
Os de Coimbra começaram melhor, mas aos poucos o Touring foi equilibrando o jogo. Os comandados de Nuno Santos tentavam trocar a bola de pé para pé, do outro lado os “pupilos” de Quinzana optavam pelos lançamentos longos para as costas da defesa contrária.
A 1.a parte terminou como “arrancou”, ou seja com um golo: canto na esquerda e Facão, com um excelente golpe de cabeça, desviou ao primeiro poste, restabelecendo a igualdade.
Na 2.a parte o Eirense foi mais forte. Os “azuis-e-brancos”, com maior ascendente, foram “ameaçando” o golo. Nesta fase, Pedro Cambraia brilhou: enorme a exibição do guarda-redes do Touring que, primeiro, após uma cabeçada de Simão, e depois, num mau alívio de um colega, efectuou duas “defesas impossíveis”.
Mas depois das intenções chegou mesmo o golo do Eirense. Após a marcação de um canto, Facão cortou um remate de cabeça com a mão. Grande penalidade clara, que Maias não desperdiçou, colocando novamente o Eirense em vantagem.
Na parte final, o Touring, com muito coração, “empurrou” o Eirense para próximo da sua área. Os cruzamentos sucederam-se mas os homens de Mira não conseguiram o tão procurado golo da igualdade. Já nos “descontos”, João Milheiro teve uma grande oportunidade, mas em plena área não teve forças para rematar da melhor maneira.
No final, a insatisfação era grande no lado da equipa do Touring. A equipa de arbitragem, como é normal nestas situações, foi quem mais ouviu.
No entanto, o trabalho do trio de arbitragem foi muito bom. Num jogo de decisão, não recorreu ao “apito” constante e deixou jogar, o que deu qualidade e ritmo à partida.
O Touring contestou muito o pontapé de canto que deu origem ao 2.o golo do Eirense, lance que não podemos julgar com exactidão, pelo que o benefício da dúvida deve ser dado ao árbitro e ao auxiliar, que estavam em “cima” do acontecimento. Em conclusão: um ou outro erro não chegaram para manchar a exibição extremamente positiva da jovem equipa de arbitragem." Fonte - Diário de Coimbra
