
Na sua primeira aparição aos jornalistas como um 'nerazzuro' oficialmente, Mourinho fez questão de se expressar em italiano, salvo raras excepções em inglês, dizendo estar satisfeito com o seu novo plantel, precisando apenas de 2 ou 3 reforços, negando a ideia de uma revolução no plantel.
Numa sala cheia, entre sorrisos e aplausos às habituais piadas de Mourinho, o técnico português deixou também a promessa de um «forte trabalho e dedicação» e diversão com os jornalistas italianos, tal como aconteceu em Inglaterra, estando igualmente na expectativa melhorar o futebol italiano.
Principais tiradas de Mourinho nesta entrevista:
«Cheguei a um clube especial. Quando o clube é especial o treinador torna-se mais um. Acho que sou grande treinador mas não quero ser especial, só quero ser mais um.»
«Moratti disse-me para ser o José Mourinho»
«Pelo que li nos jornais vou trabalhar com um plantel de 60 jogadores. Não é verdade. Vou trabalhar com 21 jogadores mais três guarda-redes. Todos os presidentes querem vender ao Inter. Pensam que o Inter é o rei do mercado. Não quero uma revolução na equipa.»
«Sou muito inteligente. É importante a verdade. A primeira vez que o Inter falou comigo foi no dia seguinte à eliminação com o Liverpool.»
«Há cerca de um mês que ando a aprender italiano. Falei ao telefone com o Zanetti e ele disse-me, pela sua experiência, que não será difícil falar italiano.»
«O futebol italiano esta a melhorar e a regressar ao estatuto de melhor campeonato. Neste momento a Serie A não é o melhor campeonato»
«Nos últimos dois ou três meses o Inter não jogou muito bem, mas foi sempre uma equipa psicologicamente forte»
«Se o Mancini for para o Chelsea, por exemplo, também vai mudar as coisas. Não é uma crítica, são coisas do futebol.»
«Neste momento os melhores jogadores do mundo são os do Inter»
«A minha família foi muito feliz em Londres. Foi uma experiência fantástica. O único problema foi com o meu cão»
«Onze equipas querem ganhar a Liga dos Campeões. Algumas terão receio de assumir, mas podem: 3 italianas, 4 inglesas, 1 alemã e 3 espanholas. A terceira espanhola é o Atlético de Madrid»
«(No Chelsea) perdemos duas meias-finais (da Liga dos Campeões). Uma vez com um golo que ninguém viu e depois por grandes penalidades»
«Primeiro quero falar com os meus jogadores. É muito importante a comunicação. Se esperei sete ou oito meses, posso esperar mais um.»
«Se disser que gostava que o Materazzi não estivesse presente no primeiro dia, para vocês também seria positivo. Portugal é a minha pátria, mas a Itália é agora a minha segunda equipa.»
« Não preciso que ninguém de fora defina o desafio. Quero ganhar sempre. Sei que não posso ganhar sempre, mas é esse o desafio que coloco a mim mesmo»
«É normal, como consequência da relação que estabeleci com os jogadores, que quase todos queiram trabalhar comigo»
«Os meus olhos estão abertos. Vou ao Brasil ver o jogo com a Argentina. Vou falar com os jogadores do Inter que estão lá, mas vou também para analisar o momento de Adriano»
«É muito fácil, mas também muito difícil trabalhar comigo. É fácil para os que trabalham e sabem que a equipa é mais importante, e é difícil para todos aqueles que não trabalham em prol da equipa»
«No dia em que não me sentir motivado volto para Portugal e não trabalho mais»
(Ancelotti no Chelsea?) «Ancelotti é um grande treinador. Abramovich tem mais experiência no futebol agora. Não posso falar sobre essa possibilidade»
«O que posso dizer é que torço pelo Chelsea e desejo o melhor para o seu futuro treinador. Mas na Liga dos Campeões, se o Inter defrontar o Chelsea, não conheço ninguém»
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