sexta-feira, 11 de abril de 2008

Apagão na Luz, negro predomina!

LIGA - 26.ª JORNADA - BENFICA 0 -ACADÉMICA 3 (20h30)
Constituição das equipas:
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Benfica:
Quim;
Nélson, Luisão, Katsouranis e Léo;
Petit, Binya, Rui Costa e Rodríguez;
Cardozo e Nuno Gomes.
Suplentes: Butt, Edcarlos, Maxi Pereira, Nuno Assis, Di María, Makukula e Mantorras
Treinador: Fernando Chalana
ACADÉMICA:
Pedro Roma;
Orlando, Berger, Kaká e Pedro Costa;
Nuno Piloto, Pedrinho, Luís Aguiar e Cris;
Miguel Pedro e Lito.
Suplentes: Rui Nereu, Fofana, Ivanildo, Cristiano, Cléber, Tiero e Edgar
Treinador: Domingos Paciência
Crónica do jogo:
"A Luz viveu uma das piores noites da história, com dois erros de casting a estragarem qualquer estratégia que o Benfica trazia para o encontro com a Académica, que não ganhava desde a 18ª jornada! O jogo ditou os regressos de Luisão e Binya que nada mais foram que duas areias na engrenagem encarnada. O primeiro porque foi responsável pelo golo inaugural da Académica, o segundo porque cedo se percebeu que estava a mais numa equipa que precisou de correr atrás do resultado desde a madrugada do jogo.
Um erro de Luisão deixou Miguel Pedro cara a cara com Quim. O brasileiro queria atrasar a bola, mas serviu o estudante que passou o guarda-redes e, quando parecia que já nem ia conseguir rematar, atirou a contar. A Académica apanhou-se a vencer e os encarnados, depois do jogo do Bessa, viam os índices de ansiedade voltarem ao máximo.
Como era da sua obrigação, o Benfica tentou responder de imediato. Os minutos seguintes foram uma tentativa de um grito de revolta, mas depois de Cardozo desperdiçar duas oportunidades, percebeu-se que era apenas um som rouco que saía do futebol encarnado.
A Académica ameaçou de novo aos 15 minutos, com Luís Aguiar a desperdiçar frente a frente com Quim. Não seria dessa vez que os estudantes aumentaram a vantagem, mas o segundo golo chegaria mais tarde. Pelo meio, Cardozo perdeu mais uma oportunidade e o Benfica actuava sem lucidez. Só a força fazia as águias chegar à área de Pedro Roma.
Uma falha infantil de Luisão deu no 1-0, outra de Léo ditaria o segundo da Académica. O lateral perdeu a bola para Pedrinho e cometeu falta. Luís Aguiar bateu o livre e Berger, de costas para Quim, aumentou para 2-0. Os estudantes viviam um sonho com mais de 50 anos, pois desde 1953/54 que não deixavam a Luz com um triunfo.
E lá veio futebol musculado
Os números jogavam a favor do Benfica, mas a Luz tem sido palco de poucas alegrias esta época. Até final da primeira parte, mais uma ocasião para cada lado, com Aguiar a obrigar Quim a defesa apertada, de livre, e mais uma perdida de Cardozo. O jogo estava aberto.
Chalana é que não esperou pelo intervalo e lançou Di María mesmo antes do descanso. E na primeira vez que tocou na bola, o argentino provou que o Benfica precisava muito mais dele do que do Binya, que saiu. O remate é que saiu ao poste.
No regresso, a única alteração ocorreu na defesa encarnada, com os centrais Luisão e Katsouranis a trocarem de lado. O brasileiro foi para a esquerda, o grego virou à direita. Mais tarde, voltaram ao formato inicial, dando mostras que a equipa não encontrava soluções para deter velocidade dos estudantes e que não se entendia em campo.
Na frente, saía uma ou outra jogada, com Léo a servir Rodriguez e depois com Cardozo a dar ao mesmo uruguaio: nas duas ocasiões Pedro Roma defendeu com brilho os tiros de Rodriguez. O guarda-redes segurava a vantagem, numa noite em que se percebia ia ser memorável para a Briosa.
O Benfica levava uma lição dura, reflexo de toda a temporada encarnada, que só não aconteceu noutras noites por ineficácia de outras camisolas. De pouco serviram as entradas de Mantorras e Makukula, por troca com Nuno Gomes e Léo. Só tornaram o futebol encarnado mais musculado e directo, como tantas vezes aconteceu com outro homem que não Chalana no comando da equipa da Luz.
No Dia da Águia, a Académica quebrou um enguiço com mais de cinco décadas e o Benfica que vinha em voo com duas boas exibições frente a Paços de Ferreira e Boavista caiu a pique e estatelou-se no chão. O Inferno da Luz, esse, fervia, mas não era contra o adversário e muito menos de emoção por aquilo que a equipa fazia. Era outra coisa qualquer, que os antepassados do Benfica nem querem falar. Só não foi pior porque Quim ainda evitou o 4-0, enquanto a Académica deu um passo inesperado na luta pela manutenção." in MaisFutebol

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